Política | 17-03-2024 21:00

Deputado do Chega na Chamusca vota contra moção do Dia Internacional da Mulher

O representante do Chega na Assembleia Municipal da Chamusca considerou extemporânea e desnecessária a apresentação de uma moção a propósito do Dia Internacional da Mulher aprovada por maioria na última reunião de autarcas.

Eduardo Amaral Netto, o único representante do Chega na Assembleia Municipal da Chamusca, votou contra uma moção apresentada pela CDU a propósito do Dia Internacional da Mulher, “um símbolo da luta das mulheres em defesa dos seus direitos, na lei e na vida”. A tomada de posição do autarca criou algum incómodo na última sessão de assembleia municipal, que se realizou em Vale de Cavalos.
Eduardo Amaral Netto considerou que a moção apresentada ocorre fora do tempo próprio. “Acho extemporâneo. Há décadas que as mulheres estão em igualdade perante os homens e o problema é que, em muitos casos, estão acima dos homens. É uma repetição já sem sentido e ultrapassada da nossa vivência. Não há luta entre homens e mulheres, poderá ter havido há muitos anos. Vou votar contra por ser extemporânea e desnecessária”, disse.
Como se tratava de uma apresentação de moção nenhum dos autarcas das bancadas com assento na assembleia municipal decidiu usar da palavra. A moção foi aprovada por maioria. O documento lido pela líder de bancada do partido refere que a data está ligada à luta das mulheres na sua oposição ao fascismo e ligada a uma emancipação pelo alcance de direitos económicos, sociais, políticos e culturais.
“Mas, passados que são 50 anos da Revolução, ainda há aqueles que, do alto da sua soberba e com traços saudosistas, dizem que as mulheres já alcançaram tudo que tinham de alcançar. A verdade é que as mulheres continuam a ter que lutar para que efectivamente se implementem políticas indispensáveis à igualdade e à melhoria das condições de vida e de trabalho. Ainda falta cumprir Abril”, refere a moção, acrescentando que “os relatórios de observação mais recentes referem que as mulheres recebem menos 17% que os homens, permanecendo ainda a dificuldade de acesso a cargos de poder, estando Portugal em 15º lugar na União Europeia. As desigualdades de género em Portugal têm particular relevo na área do acesso à saúde estando o nosso país no 23º lugar na UE”.

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