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Uma cidade cheia de lixo

Críticas na reunião do executivo da Câmara de Santarém

A Câmara de Santarém já abriu concurso para cantoneiros de limpeza e trabalho não vai faltar a quem vier a ser admitido. O problema do lixo que conspurca a cidade foi tema de discussão na reunião do executivo municipal.

O vereador da CDU na Câmara de Santarém, José Marcelino, deixou na reunião do executivo de segunda-feira algumas críticas ao estado de sujidade em que se encontra a cidade. “Penso que nunca vivemos uma situação de tanto lixo nas ruas como a que tem acontecido”, afirmou, dirigindo-se ao presidente da câmara. O vereador crê que “há-de haver uma solução” para o problema, sugerindo a aplicação de coimas para quem for surpreendido a sujar a via pública. Na resposta, o presidente do município, Rui Barreiro (PS), desafiou Marcelino a colaborar na procura de soluções e realçou que o problema da limpeza não se confina exclusivamente ao centro histórico.E a verdade é que se a zona histórica é um manancial de dejectos de cães, de plásticos, de papéis e de outra porcaria, outras zonas da cidade estão igualmente polvilhadas de detritos. Basta dar uma pequena volta em redor da moderna urbanização do Sacapeito, por exemplo, para se constatarem os resultados da falta de civismo, de ausência de respeito pelo meio ambiente e da incapacidade dos serviços da câmara em darem conta do recado.Nas traseiras da delegação do Instituto da Juventude proliferam latas de refrigerantes, garrafas de plástico, maços de tabaco vazios, embalagens de iogurtes e até a carcaça de um electrodoméstico. Ali perto, na Rua dos Bombeiros Voluntários, não deve passar um varredor pelos passeios há meses. Nem um cantoneiro que corte as ervas que crescem por ali. A varredora mecânica infelizmente não chega aos passeios, nem ali nem noutros pontos.Já o corte de erva nas bermas da circular urbana D. Luís I trouxe à vista aquilo que a vegetação camuflava. Entre o acesso do Feira Nova e o final da via rápida, só para dar um exemplo, acumulam-se plásticos, papéis, garrafas nas margens do asfalto. Segue-se em frente e o acesso à cidade junto ao Instituto Politécnico não escapa à sanha dos lançadores de detritos, dando uma imagem da cidade que não deixa grandes recordações a quem a visita.As páginas de um jornal não chegariam para dar conta da imundície que tomou conta do espaço público. Ainda na última edição de O MIRANTE dávamos conta do lixo que se acumulava nos passeios junto à Escola de Nossa Senhora da Saúde, no Jardim de Cima, periferia da cidade. Uma escola que, ironicamente, tinha ganho um prémio num concurso de sensibilização ambiental promovido pelo municípioNessa oportunidade, o vereador que tutela os Serviços de Higiene e Limpeza da Câmara de Santarém, Manuel Afonso, reconheceu a falta de pessoal para desempenhar essas tarefas. Situação que pretende ser combatida com a contratação de mais cantoneiros de limpeza. O concurso encontra-se a decorrer e trabalho é coisa que não vai por certo faltar aos candidatos que forem admitidos.

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