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Movimento de cidadãos coloca em causa bacia de Alverca

O Xiradania, movimento de cidadãos do concelho de Vila Franca de Xira não acredita que a construção da bacia de retenção em Alverca resolva o problema das cheias e inundações e considera a operação uma “mera propaganda” da câmara. O grupo de cidadãos não concorda com a localização e sustenta que as cheias que têm tido lugar, nos últimos anos, em Alverca e noutras freguesias do concelho, não decorrem da imediata proximidade do Tejo.Segundo os munícipes, em causa estão os constrangimentos criados nas linhas de água interiores, respectivas bacias e leitos de cheia e pelos quais “a câmara é co-responsável”. Tomando como exemplo, a Rua da Estação de Alverca, uma das mais martirizadas, o grupo argumentou que os aterros realizados nas últimas décadas na Quinta da Vala, na zona das escolas e na Quinta das Drogas conduziram a que a cota daquela rua ficasse progressiva e significativamente mais baixa que a envolvente. O Xiradania relembrou que as cheias de 9 de Novembro último também atingiram as freguesias do Forte da Casa e Vialonga, cujos núcleos urbanos estão longe do Tejo. Segundo o movimento, isso prova que as inundações são uma consequência directa da impermeabilização dos solos pela construção e da ausência de políticas municipais de ordenamento do território e de gestão dos recursos hídricos. Os subscritores do documento sugeriram a elaboração de um plano global de actuação, novas opções de gestão urbanística e das linhas de água e a contratação de um seguro colectivo que cubra os danos provocados pelas cheias.Recorde-se que a Câmara de Vila Franca de Xira adjudicou a obra de construção da bacia de retenção em Setembro, por 710 mil euros. Os trabalhos incluem a construção de um tanque com quase 50 mil metros cúbicos na zona compreendida entre a linha férrea e o Tejo, a sul do Depósito de Material da Força Aérea. No dia 12 de Janeiro foi assinado um contrato-programa entre a câmara e o gabinete gestor do Programa Operacional do Ambiente, através do qual a obra vai beneficiar de um financiamento comunitário da ordem dos 465 mil euros através do Fundo de Desenvolvimento Regional (Feder).

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