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Tomar diz que poluição no Nabão é uma vergonha
Descargas poluentes no rio Nabão acontecem há décadas. A mais recente aconteceu a 19 de Dezembro

Tomar diz que poluição no Nabão é uma vergonha

Município apresentou mais uma queixa-crime e emitiu um comunicado, depois de novo episódio de poluição no rio Nabão. Autarquia diz sentir vergonha e lamenta não ter poder suficiente para intervir junto dos responsáveis pela contaminação do rio.


A espuma de cor acastanhada e o mau cheiro anunciaram, no fim-de-semana de 19 e 20 de Dezembro, mais um foco de poluição no rio Nabão junto ao Jardim do Mouchão, em Tomar. A Câmara de Tomar, como é habitual quando acontecem estas situações, apresentou nova queixa-crime por mais uma descarga ilegal de efluentes e denunciou o caso ao SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente) da Guarda Nacional Republicana (GNR), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à empresa intermunicipal Tejo Ambiente.
A autarquia, presidida por Anabela Freitas (PS), foi mais longe e emitiu um comunicado, partilhado nas redes sociais do município, onde fala em preocupação e vergonha por mais uma ocorrência e lamenta que as câmaras municipais não tenham poder para intervir directamente nas questões relacionadas com os rios fora de espaço urbano ou poluição em geral. “Estamos impedidos de fiscalizar ou de entrar em espaços privados, menos ainda quando as situações ocorrem no espaço territorial de outros concelhos”, dando o exemplo da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Seiça, em Ourém.
“Sabemos que os focos são diversos, tal como referido nas análises da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ou mesmo como evidências recentes demonstram partilhadas por autarcas de freguesia. Ainda assim, a ETAR de Seiça é uma das grandes responsáveis pela poluição no Nabão”, refere o comunicado.
Os focos de poluição no rio Nabão acontecem há décadas. São mais visíveis nos dias em que chove com maior intensidade. Anabela Freitas relembrou na última Assembleia Municipal de Tomar, a 18 de Dezembro, que é preciso um investimento na ordem dos 22 milhões de euros para resolver o problema da ETAR de Seiça e do que está a montante, como as redes de condutas de separativos entre as águas pluviais e as águas residuais domésticas do concelho de Ourém.
Se a empreitada andar para a frente, as obras ficam a cargo da empresa Tejo Ambiente, que foi constituída a pensar nas candidaturas aos fundos europeus para resolver os problemas de saneamento existentes nos concelhos do Médio Tejo.

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