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Autarcas cerram fileiras e pressionam administração do Hospital de VFX
Autarcas dos cinco concelhos não gostam da actual gestão do hospital de Vila Franca de Xira (Foto CMVFX)

Autarcas cerram fileiras e pressionam administração do Hospital de VFX

Carlos Andrade Costa continua na mira das queixas e autarcas dos municípios abrangidos querem audição urgente com ministra da Saúde. Na Câmara de Vila Franca de Xira o vereador David Pato Ferreira acusou a administração de faltar à verdade e de ter tomado a “decisão cega” de dispensar, de um dia para o outro, os trabalhadores que estavam a recibo verde no hospital.

Os cinco presidentes de câmara dos municípios servidos pelo Hospital de Vila Franca de Xira não estão satisfeitos com a resposta que está a ser dada pela unidade de saúde e avisam que a situação vai piorar ainda mais com a chegada da época da gripe.

Por isso já anunciaram a intenção de requerer urgentemente uma reunião conjunta com a ministra da Saúde, não apenas para exigir mais meios como também para sublinhar a necessidade da administração conseguir assegurar a capacidade de resposta do hospital, nomeadamente na área das urgências, internamento e especialidades.

Os cinco autarcas reuniram-se com o presidente do conselho de administração do hospital, Carlos Andrade Costa, na tarde de 3 de Novembro, para expressar as suas preocupações com a forma como o hospital está a funcionar. Pedro Folgado (Alenquer), André Rijo (Arruda dos Vinhos), Silvino Lúcio (Azambuja), Carlos Coutinho (Benavente) e Fernando Paulo Ferreira (Vila Franca de Xira) avisaram o novo administrador que as coisas têm de melhorar rapidamente. O administrador terá lamentado a falta de maior autonomia para poder gerir e decidir apontando o dedo à administração central, apurou O MIRANTE.

Horas antes já a Câmara de Vila Franca de Xira aprovava em reunião pública do executivo, por unanimidade, uma proposta apresentada pela CDU visando o reforço do Sistema Nacional de Saúde. O vereador Nuno Libório considerou que os problemas do hospital são heranças da gestão privada e de ter sido construído subdimensionado para as necessidades.

Embora não se trate de uma competência municipal, Fernando Paulo Ferreira afirmou que a saúde é uma preocupação séria e todos os olhos estão postos na forma como o hospital vai lidar com a época gripal. “Preocupa-nos a qualidade e rapidez do atendimento no hospital. A resposta dada nas urgências é fundamental. Esta será uma época de maior pressão nas urgências e é muito importante que o hospital consiga preparar-se”, avisou.

Críticas a administrador

David Pato Ferreira, vereador da Coligação Nova Geração, liderada pelo PSD, não se conteve nas palavras sobre o funcionamento do hospital e apontou o dedo ao seu novo administrador corrigindo-o quando este disse que desde que a gestão pública tomou conta do hospital os recursos humanos tinham aumentado.

“Isso não corresponde à verdade. No início da gestão pública tomaram a decisão cega de finalizar de forma abrupta, de uma sexta para uma segunda, todos os contratos de prestação de serviços com profissionais do hospital. Tomou a decisão unilateral de dizer a quem estava a recibo verde que deixava de ir trabalhar na segunda-feira seguinte”, criticou o vereador.

A decisão, explica, foi responsável pelo hospital perder nesse momento 30 por cento da sua capacidade de resposta. “Quando ele vem dizer que é mentira que tem menos gente hoje em dia, não é. É verdade, é factual, tem menos gente no hospital. E só agora está a começar a repor pessoas que tirou em Maio”, criticou.

Também Barreira Soares, do Chega, apontou o dedo à gestão pública da unidade. “Não é normal esperar mais de um ano por uma consulta. Queremos que as pessoas paguem e tenham acesso a tratamento. O serviço de saúde não está a funcionar e isso não é admissível”, criticou.

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