Sociedade | 13-09-2023 15:00

Teresa Salcedas vive em situação de insalubridade no Pombalinho

Teresa Salcedas vive em situação de insalubridade no Pombalinho
Teresa Salcedas vive com a presença permanente de cobras e ratos em casa

Teresa Salcedas é habitante do Pombalinho, no concelho da Golegã, e vive numa situação de insalubridade devido às cobras e ratazanas que lhe entram pela casa.

Os animais vêm de um edifício devoluto e de um terreno abandonado, propriedade da câmara municipal, que já prometeu proceder à limpeza com a máxima urgência.

Teresa Salcedas, de 52 anos, antiga emigrante no Luxemburgo, foi para o Pombalinho há cinco anos residir para a casa onde o falecido cunhado morava. Desde que voltou a Portugal, diz não ter sossego com a vista constante de cobras e ratazanas oriundas de um edifício devoluto e de um terreno abandonado, propriedade do município da Golegã. O MIRANTE ouviu os lamentos da moradora que, apesar da situação em que vive há vários anos, diz gostar do Pombalinho e só quer ver o problema resolvido.
As visitas acontecem com mais frequência na cozinha. No dia da visita do nosso jornal, no chão estavam duas ratoeiras de grandes dimensões que, garante Teresa Salcedas, todos os dias apanham ratos. A chaminé foi tapada com pladur para que não descessem, assim como o telhado de um recanto no quintal. Além das ratoeiras coloca veneno e a sorte, refere, são os gatos que tem em casa. O filho, de 28 anos, em Dezembro da Holanda para tentar a sua sorte na empresa de construção civil que abriu há um mês no Pombalinho e vai ficar alojado na sua casa uma temporada, junto do pai e do irmão de 33 anos. “Tenho muito medo por causa dos meus netos. São crianças, andam no chão e metem as mãos na boca. O meu filho podia ficar a morar ao pé de mim, porque há lotes disponíveis na urbanização, mas por causa desta situação estamos a gastar mais dinheiro a reconstruir uma casa em Azinhaga”, explica. Teresa Salcedas refere que o edifício devoluto é uma antiga adega e possui depósitos subterrâneos que estão cheios de água e a danificar-lhe a casa, principalmente a sala. Recentemente viu-se obrigada a tirar o rodapé e pintar as paredes de seis em seis meses.
Segundo o presidente da Junta do Pombalinho, Luís Júlio, a Casa do Povo, a quem pertence o edifício devoluto, concorreu em 2020 e 2022 ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), mas ambas as candidaturas foram chumbadas. Antes dessa demonstração de interesse por parte da Casa do Povo, em 2016, a junta de freguesia começou a construção de um espaço comunitário, tendo gasto 60 mil euros. O entulho da obra permanece no mesmo local e a junta afirma que só com a ajuda da câmara municipal consegue proceder à limpeza, alegando falta de meios.
Teresa Salcedas revela a O MIRANTE que o presidente da câmara, António Camilo, lhe garantiu que iria solicitar a limpeza do terreno situado nas traseiras do edifício. “Houve uma visita ao local, deram-me razão, mas não fizeram nada”, desabafa, acrescentando que vive na “rua mais triste do Pombalinho”. O MIRANTE falou com António Camilo que prometeu mandar limpar o terreno “urgentemente”.

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