Sociedade | 26-03-2024 10:00

Paula Rocha vive com os filhos em garagem e foi excluída de concurso para casas sociais de VFX

Paula Rocha vive com os filhos em garagem e foi excluída de concurso para casas sociais de VFX
Paula Rocha nem queria acreditar quando soube que o seu nome tinha sido excluído por falta de uma assinatura

Exclusão de Paula Rocha aconteceu por falta de uma assinatura. Mulher de 47 anos vive há quase três meses numa garagem em Castanheira do Ribatejo com os dois filhos, um dos quais menor de idade.

A viver há quase três meses, com os dois filhos, um deles menor de idade, numa garagem em Castanheira do Ribatejo, Paula Rocha viu a candidatura que apresentou ao concurso público para atribuição de habitação social da Câmara de Vila Franca de Xira ser excluída por falta de uma assinatura. Desesperada, a mulher de 47 anos tentou emendar a situação, mas quando foi alertada já não havia nada a fazer.
“Só soube disto quando saíram os resultados do concurso. Nunca me contactaram, enviaram carta ou email, nada. Ainda reclamei, mas nada feito”, diz a O MIRANTE, lamentando que, tendo em conta a situação em que se encontra a viver com os dois filhos e que é do conhecimento da autarquia, os serviços não a tenham tentado alertar para algo que seria tão simples de resolver. Esta foi a quarta vez que Paula Rocha se candidatou ao concurso e, mais uma vez, sem sucesso.
Ao último concurso candidataram-se 400 pessoas às nove casas disponíveis sendo que a poucos dias da abertura do concurso apenas cinco candidaturas tinham os processos devidamente instruídos, no entender dos técnicos que analisaram os processos. Um panorama que levou o município a prolongar em 20 dias o prazo concursal. O concurso terminou em Fevereiro. O nosso jornal questionou o município acerca do motivo de exclusão da candidatura de Paula Rocha mas não obtivemos resposta até ao fecho desta edição.
Foi depois de ter sido obrigada a deixar o apartamento onde vivia por falta de condições de segurança que, recorde-se, Paula Rocha se mudou com os dois filhos para uma das garagens da Rua Sacadura Cabral. A Segurança Social validou as condições da garagem e pagou a caução, no valor de 250 euros. A renda tem sido suportada pela inquilina que embora tenha tentado assemelhar aquela divisão única e sem janelas a um lar, vive angustiada por não conseguir dar melhores condições aos filhos. “Não andam bem. O mais novo chora e diz que tem saudades de casa porque isto para ele, nem para alguém, não é uma casa. Era para ser provisório, mas agora não sei quando sairemos daqui”, diz.

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