Sociedade | 27-03-2024 18:00

Dois quilómetros de estrada que esperam alcatrão há anos

Dois quilómetros de estrada que esperam alcatrão há anos
Joaquim Ferreira é um dos moradores da Rua de Vale Franco, concelho de Santarém, que exige há vários anos o alcatroamento da estrada onde vive

Moradores da Rua de Vale Franco, que serve três freguesias do concelho de Santarém, exigem há anos o alcatroamento do piso e queixam-se dos buracos que lhes estragam os carros, afirmando que as obras estão prometidas há muito.

Câmara de Santarém garante que moradores foram informados que a estrada não é considerada prioridade para asfaltamento, quer por parte do município, quer por parte das freguesias que serve.

Os moradores da Rua de Vale Franco continuam a queixar-se da falta de alcatroamento da via e dos buracos no piso que lhes estragam os carros. Joaquim Ferreira teve que levar o seu carro recentemente à oficina para reparar estragos que atribui ao terreno acidentado que tem que percorrer diariamente. Os moradores dizem a O MIRANTE que esta é uma obra prometida há muito pela Câmara de Santarém, mas a autarquia diz que não está entre as suas prioridades.
A estrada, com cerca de dois quilómetros de extensão, pertence a três freguesias. Os primeiros 200 metros da Rua do Vale Franco pertencem à freguesia da Várzea, numa zona onde não há moradores; mais de um quilómetro pertence à freguesia da Moçarria, e nesse troço serve oito famílias; e os últimos 200 metros pertencem à freguesia de Abitureiras, num troço que também não tem habitantes. “O facto de a estrada pertencer a três freguesias não ajuda a que o problema se resolva. Mas se os moradores estão todos na freguesia da Moçarria, se alcatroassem a parte da estrada que pertence a essa freguesia já facilitava a vida dos moradores. Estamos a falar de cerca de um quilómetro de estrada que poderia ser facilmente arranjada”, afirma Joaquim Ferreira.
Joaquim Franco tem 71 anos e vive na Rua de Vale Franco há mais de 20 anos. Confessa O MIRANTE que evita convidar amigos para sua casa por causa dos buracos na estrada, que são um incómodo para quem ali tem que circular de carro. Há cerca de um ano o nosso jornal esteve no local e falou com outros moradores como Fernando Queiroz que vive há seis anos na Rua de Vale Franco mas já tem ali casa há mais de três décadas. Reformado da Câmara de Lisboa, comprou a moradia para ter descanso. No entanto, o pó no Verão e a lama no Inverno prejudicam o sossego e os buracos “dão cabo da suspensão dos carros”.
Há cerca de cinco anos os moradores foram a uma reunião do orçamento municipal e garantem que o presidente lhes prometeu que alcatroava a estrada no espaço de dois anos. No entanto, até agora nada foi feito. Contactada por O MIRANTE a Câmara de Santarém esclareceu, no ano passado, que dadas as características da estrada, em terra batida, esta é vicinal e está classificada como caminho rural. “Os moradores foram informados que a estrada não é considerada prioridade para asfaltamento, quer por parte do município, quer por parte das três freguesias a que pertence”, referiu o município. A autarquia realçava que a freguesia da Moçarria, que detém a maior extensão do caminho, tem procedido à conservação e manutenção da via assim como à limpeza das bermas e valetas estando garantida a circulação de veículos.

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