Sociedade | 28-04-2024 15:00

Junta de Benavente diz que tem trabalhado para melhorar condições do cemitério

Junta de Benavente diz que tem trabalhado para melhorar condições do cemitério
Pedro Lagareiro Santos, secretário na Junta de Benavente

Junta de Freguesia de Benavente diz que tem realizado trabalho no sentido de construir campas no cemitério de forma criteriosa e recorrendo a estudos. Posição surge na sequência de uma notícia de O MIRANTE sobre o alegado mau estado das covas depois de denúncia de uma família.

A Junta de Freguesia de Benavente diz que não há nada de ilegal na forma como têm sido sepultados os corpos no cemitério. A afirmação surge na sequência de uma notícia de O MIRANTE, publicada na edição de 18 de Abril, dando conta do testemunho de uma família que critica a forma como os corpos são enterrados, alegando que as condições das covas não são as adequadas e que os corpos demoram demasiado tempo a decompor-se.
“A situação reportada pela família remonta para um funeral de 1999 e um outro em 2008, quando estavam outros executivos em funções na junta. Apesar da situação não ser do conhecimento deste executivo, presume-se que todo o procedimento tenha sido feito da forma correcta. A utilização de campas em alvenaria, as chamadas ‘campas de família’, comportam dois corpos, não existindo nada de ilegal nessa situação, ao contrário do que a família refere na notícia”, afirma Pedro Lagareiro Santos, secretário do executivo da junta, acrescentando que acredita que “na altura, tal como hoje, a família tenha sido consultada para a realização do funeral na campa de família e tenha existido esse consentimento”.
Pedro Lagareiro Santos esclarece que o cemitério de Benavente tem mais de 120 anos e que a parte mais antiga, onde a situação se verificou em 2008, foi construída em terreno argiloso e com bastante saturação de águas. “O cemitério de Benavente tem vindo a ser ampliado - tem cerca de 2.000 campas - e as zonas novas já foram construídas de forma criteriosa e recorrendo a estudos, verificando-se depois a colocação de drenos, manta geo-textil e areia lavada nova. Nas zonas antigas e argilosas, desde que este executivo entrou em funções em 2013, tem tentando substituir a argila dos covais mais antigos por areia lavada nova. É um trabalho moroso que tem vindo a ser feito progressivamente”, sublinha o responsável.
Recorde-se que a notícia de O MIRANTE dá conta do testemunho na primeira pessoa de uma filha que, quando chegou a altura de enterrar o seu tio na campa de família, encontrou o corpo do seu pai, falecido há nove anos, ainda em decomposição e a campa repleta de água. Pedro Lagareiro Santos afirma a O MIRANTE que não é anormal ao fim de nove anos um corpo não estar totalmente decomposto.

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