Sociedade | 04-05-2024 07:00

Obras na Nacional 3 em Azambuja vão causar grandes constrangimentos

Obras na Nacional 3 em Azambuja vão causar grandes constrangimentos
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
Troço da Estrada Nacional 3 em Azambuja é considerado um ponto negro pelo elevado número de acidentes e circulação de veículos pesados

Autarcas de Azambuja estão preocupados com os constrangimentos ao trânsito que a tão aguardada obra na EN3 vai provocar e lamentam que a Infraestruturas de Portugal tenha descartado a hipótese de os trabalhos decorrerem durante a noite. Diariamente circulam em média nesse troço de estrada oito mil veículos pesados.

Os autarcas de Azambuja estão preocupados com as condicionantes à circulação de trânsito que as obras de requalificação e construção de rotundas na Estrada Nacional 3 vão causar aos automobilistas, meios de socorro e aos milhares de veículos pesados que diariamente ali transitam por ser uma zona com forte actividade logística. Nesse sentido, afirmou a O MIRANTE o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, foram apresentadas algumas medidas de mitigação à Infraestruturas de Portugal (IP), empresa pública responsável pela empreitada, mas pelo menos uma delas já foi descartada.
Segundo o autarca socialista, foi solicitada à IP a realização dos trabalhos em período nocturno para evitar o engarrafamento durante o dia, mas tal medida não foi aceite. “Disseram-nos que as obras são para ser feitas durante o dia”, acrescentou ao nosso jornal, lamentando a decisão da IP que, na sua opinião, devia ter reunido com as empresas sediadas na plataforma logística para lhes explicar os trabalhos e tentarem encontrar soluções para minimizar os transtornos. “Vai haver uma faixa interrompida e sabemos o fluxo anormal que aquela estrada tem. Vai ser muito complicado”, disse.
Também o presidente da Junta de Azambuja, André Salema, demonstrou a sua preocupação na última assembleia de freguesia, sobretudo por os trabalhos, que vão durar ano e meio, decorrerem em período diurno. A obra, afirmou, “irá trazer grandes transtornos” e vai levantar problemas e preocupações não só ao nível da circulação de veículos pesados da logística como para os automobilistas que diariamente se servem daquela estrada para ir para os seus empregos e, ainda, transporte de vítimas para o Hospital de Vila Franca de Xira.
O autarca da freguesia adiantou que teve o cuidado de enviar para a câmara um conjunto de medidas que o executivo considera importantes para mitigar os contratempos previstos, entre outras, a instalação de painéis de aviso na auto-estrada do Norte (A1) a informar dos constrangimentos e a informar das duas saídas para Azambuja - uma em Aveiras de Cima que não é afectada pelas obras e outra no Carregado que obriga a fazer esse troço da EN3 até Azambuja. Medidas que Silvino Lúcio garante a O MIRANTE ter enviado para a IP.
Ainda sem data certa para o arranque - que os autarcas perspectivam para breve - e depois de mais um atraso no auto de consignação devido à não previsão da necessidade de expropriação de uma parcela de terrenos, propriedade da empresa Siva, para a construção de uma das rotundas, a obra tem um investimento estimado em 1,7 milhões de euros. Os trabalhos vão decorrer no troço entre Vila Nova da Rainha e Espadanal, numa extensão de cerca de 680 metros, e têm como principal objectivo o reforço da melhoria da segurança rodoviária com a reformulação da geometria do traçado existente, através da construção de duas rotundas - nos quilómetros 5,7 e 6,4 - e introdução de separador central entre as mesmas.

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