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Associação de Defesa do Património de Santarém está moribunda

Assembleia geral extraordinária marcada para 15 de Janeiro vai definir futuro de uma organização que já viveu melhores dias.

A Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém (AEDPHCS) vai reunir no dia 15 de Janeiro em assembleia geral à procura de um rumo, após alguns anos de letargia em que praticamente não teve actividade. A reunião convocada pelo presidente da assembleia geral, Martinho Vicente Rodrigues, tem objectivos bem definidos: Apreciação do estado em que se encontra a associação e perspectivas futuras. E nestas entra a possibilidade de se encontrar uma nova direcção, composta por gente credível, mas também a extinção da colectividade que noutros tempos teve uma acção dinâmica na cidade.A assembleia geral extraordinária está marcada para as 21h00, em instalações sitas na Avenida 25 de Abril - 50A, rés-do-chão, em Santarém. Não havendo quórum a sessão começará com qualquer número de sócios 30 minutos depois.A última direcção da AEDPHCS, liderada por José Vasco Serrano, foi eleita em Fevereiro de 2013 e desde aí pouco ou nada se tem dado pelo trabalho dessa entidade fundada em 1977. A associação dinâmica e crítica de outros tempos desapareceu do mapa (tal como a sua página na Internet) e na última meia dúzia de anos só deu nas vistas em duas ocasiões: com a denúncia de destruição de vestígios arqueológicos numa obra (entretanto parada) junto ao Teatro Rosa Damasceno e devido ao abate de árvores na zona de São Bento e na estrada que liga Tapada a Almeirim. Em Outubro de 2013, Martinho Vicente Rodrigues dizia ao nosso jornal que aceitou fazer um último mandato como presidente da assembleia geral da associação na esperança de assistir ao “renascimento” da associação, a uma aproximação entre essa entidade e o município e à mudança para uma nova sede. Mas as suas expectativas saíram claramente goradas.Na altura, um dos elementos da direcção, na resposta às questões que então colocámos por e-mail dirigidas à associação, justificava a inércia da AEDPHCS com a falta de apoios municipais. “Como será compreensível a falta de disponibilidade financeira da associação, cujas receitas derivam de subsídio atribuído pela autarquia e em dívida desde 2005) impede a realização regular de eventos públicos”, alegava Gonçalo Mendonça de Carvalho.Noutros tempos a associação chegou mesmo a instituir um prémio, designado “Santarém - Cidade a Defender”, destinado a proprietários públicos e privados de imóveis urbanos e rurais que se distinguissem na salvaguarda, recuperação e reutilização do património histórico, urbanístico e cultural. O último prémio foi atribuído em 2005.

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